sexta-feira, 1 de março de 2013

Dilma inaugura unidade para fabricação de submarinos


Complexo naval de Itaguaí (RJ)
A presidente Dilma Rousseff inaugura nesta sexta-feira (01) a Ufem (Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas), construída no complexo naval de Itaguaí (RJ), onde será fabricado o primeiro submarino de propulsão nuclear do Brasil. No complexo também serão construídos submarinos de propulsão diesel-elétrica (convencional).

No mundo, segundo a Marinha, apenas China, EUA, França, Inglaterra e Rússia detém a tecnologia nuclear. O embaixador da França no Brasil, Bruno Delaye, e autoridades militares e civis do país europeu, participam da inauguração da Ufem.

Todo o projeto é de responsabilidade da Marinha do Brasil. O projeto do submarino de propulsão nuclear está sendo desenvolvido desde junho do ano passado no CTMSP (Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo). Engenheiros navais da Marinha realizaram cursos para o desenvolvimento dos navios de guerra na França entre agosto de 2010 e maio de 2012.

A construção da unidade foi iniciada em 2010 pela ICN (Itaguaí Construções Navais), uma SPE (sociedade de propósito específico) formada entre a Odebrecht e a DCNS, empresa francesa responsável pela transferência de tecnologia. Ela foi possível após a assinatura de um acordo entre os governos do Brasil e da França em 2008.

Na unidade inaugurada os navios de guerra vão receber as instalações das estruturas metálicas, equipamentos e componentes internos.

Já há previsão de que sejam fabricadas cinco embarcações --quatro convencionais e um de propulsão nuclear--no complexo. Essas embarcações devem operar entre 2017 e 2025.

O investimento no complexo é de R$ 7,8 bilhões, com desembolsos até 2017, por meio do Prosub (Programa de Desenvolvimento de Submarinos).

Segundo o governo, o Prosub vai gerar, quando alcançar a plena atividade, 9.000 empregos diretos e 8.000 indiretos permanentes. O programa inclui ainda um processo de nacionalização com base em transferência de tecnologia que prevê a fabricação nacional de equipamentos para submarinos de propulsão convencional e nuclear.

No local já está construído o Nuclep (Nuclebrás Equipamentos Pesados), empresa estatal que fabrica o casco do submarino, feito para resistir à alta pressão em águas profundas.

VENCESLAU BORLINA FILHOAgência Folha

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