segunda-feira, 11 de março de 2013

Força Aérea dos EUA defende escolha da Embraer em contrato de aeronaves


O avião Super Tucano, da Embraer, que venceu concorrência da Força Aérea dos EUA 



A Força Aérea dos EUA defendeu nesta segunda-feira sua decisão de conceder à Embraer e sua sócia Sierra Nevada um contrato de US$ 428 milhões para a entrega de 20 aeronaves militares.

A decisão tornou-se alvo de críticas pela Beechcraft, companhia norte-americana rival da brasileira na disputa.

"Estamos confiantes que esta decisão é bem fundamentada e que as propostas dos ofertantes foram total e justamente consideradas dentro do critério de avaliação", disse o porta-voz da Força Aérea, Ed Gulick.

A Beechcraft, conhecida anteriormente como Hawker Beechcraft, afirmou na sexta-feira que vai protestar contra a decisão, que se seguiu após uma nova concorrência realizada no ano passado.

O presidente-executivo da Beechcraft, Bill Boisture, afirmou que sua empresa está "muito perplexa" com a decisão da Força Aérea e que vai encaminhar protesto junto ao U.S. Government Accountability Office, órgão do governo federal que verifica se licitações públicas tiveram irregularidades. Segundo a empresa, há dúvidas sobre eventuais erros cometidos no processo de seleção.

"Simplesmente não entendemos como a Força Aérea pode justificar um gasto adicional de mais de US$ 125 milhões pelo o que consideramos ser uma aeronave com menos capacidades", disse Boisture.

CONTRATO

A Embraer e a Sierra Nevada venceram um contrato inicial de US$ 355 milhões em dezembro de 2011 para o fornecimento de aviões Super Tucano a serem usados no Afeganistão, mas a licitação foi suspensa após ser contestada pela Hawker Beechcraft.

O novo protesto é o capítulo mais recente na batalha sobre a aquisição de equipamento militar envolvida com política.

A Força Aérea norte-americana desistiu de conceder o contrato inicial à Sierra Nevada e Embraer depois que encontrou "deficiências no processo de documentação que não poderia confirmar a adequação da decisão anterior", disse Gulick.

Nesta segunda-feira, ele disse que o mais recente contrato concedido à Sierra Nevada e Embraer envolveu um novo "time de avaliação, conselheiros internos e externos e uma nova autoridade para seleção".

Um órgão do governo norte-americano que supervisiona compras federais questionadas tem até cem dias para decidir sobre o assunto.

EMPREGOS

A Beechcraft saiu de um processo de concordata no mês passado. A fabricante disse em um comunicado que a decisão da Força Aérea coloca 1.400 empregos em risco no Estado do Kansas e outros locais nos EUA.

Na noite de sexta-feira, a Embraer e Sierra Nevada disseram que sua oferta na competição dá garantia a manutenção de mais de 1.400 empregos nos EUA e acrescentou que o Super Tucano será montado em Jacksonville, na Flórida.

A Sierra Nevada conta com 2.500 trabalhadores e a Embraer tem 1.200 funcionários nos EUA.


Agência Folhas.

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